Day. Dayane. | | Posted On 12.10.2009 at 14:03

"Mesmo minhas alegrias, como são solitárias às vezes. E uma alegria solitária pode se tornar patética. É como ficar com um presente todo embrulhado com papel enfeitado de presente nas mãos - e não ter a quem dizer: tome, é seu, abra-o! Não querendo me ver em situações patéticas e, por uma espécie de contenção, evitando o tom de tragédia, então raramente embrulho com papel de presente os meus sentimento."

Clarice Clarice

Day. Dayane. | | Posted On 11.27.2009 at 23:02

[...] belo, belo... - tenho tudo quanto quero! [...]
... então ele a disse num dia incrível e qualquer, perdido entre o preenchimento vazio de algum nada, distante de qualquer vácuo eternamente próximo.
- imortais são erros que se desfazem equilibrando nossos contatos ofegantes, muito mais que carnais.
sua sede cedeu-a uma outra sede insaciável, qual por ingênua loucura, não abril mão.
mostrou-a 'O' fascínio do novo, uma impossível linha distante, desconhecida, inacreditável.
não lhes importa mais a curta distancia, só fazem correr, já se convenceram de vencer.

Day. Dayane. | | Posted On 11.13.2009 at 08:20

Do velho passado lugar nenhum depois da morte do começo, depois da destruição das coisas soube sobreviver a não ser mais frágil e menos vivo.
Um novo dia se fez de uma mar de esperanças, onde percebi que todo sentimento mundano é amargo. Mas, do que seria do doce insubstancial, persistente, constante sem o desagradavel amargo?
Eis que o espirito desse novo dia permanece sobre a ruina de um gelado repouso, onde fiquei para revogar, para esperar e levar dali então, afrouxadamente dentro de mim uma impalpavel gota, um imenso edificio de recordações que não entendi, nem tentei, me vendo nu, sem rotulos, apenas minha.

Day. Dayane. | | Posted On 10.22.2009 at 18:22


A liberdade é a grandeza de poder fazer escolhas. Mas, se essas escolhas não tivessem consequências, se nos permitíssemos revogar atravéz do passado, remediando, remetendo, a nossa liberdade ficaria esvaziada. E estaríamos a anular a nossa personalidade, porque nós somos aquilo que fazemos com as nossas escolhas, e não o remorso. É com elas que traçamos o nossos caminhos e nos definimos, não O destino.


Vivência limitada

Day. Dayane. | | Posted On 10.15.2009 at 13:42


A impossibilidade de participar de todas as combinações em desenvolvimento a qualquer instante numa grande cidade tem sido uma das dores de minha vida.
Sofro como se sentisse em mimuma capacidade desmesurada de agir.
Entretanto, na parte de ação que a vida me reserva, muitas vezes me abstenho e outras me confundo.
A ideia de que diariamente, a cada hora, a cada minuto e em cada lugar se realizam milhares de ações que me teriam profundamente interessado, de que eu certamente deveria tomar conhecimento e que entretanto jamais me serão comunicadas — basta para tirar o sabor a todas as perspectivas de ação que encontro à minha frente.

O pouco que eu pudesse obter não compensaria jamais esse infinito perdido.
Nem me consola o pensamento de que, entrando na confrontação simultânea de tantos acontecimentos, eu não pudesse sequer registrá-los, quanto mais dirigi-los à minha maneira ou mesmo tomar de cada um o aspecto singular, o tom e o desenho próprios, uma porção, mínima que fosse, de sua peculiar substância.

por Drummind

Sinto o medo de estar no lugar errado, na hora errada.
De perder coisas mais vantajosas e lindas, ainda que simples.
De se ocupar de mais com isto ou aquilo, sem perceber que existe um mundo inteiro de produções meritórias, nas quais não participei, por motivações muito complexas, a toa.


Day. Dayane. | | Posted On 10.10.2009 at 19:55



minha alma escorre como em um rio de palavras. sou uma metáfora que ressoa como um gemido de uma Fênix em pedaços. há uma chama que consome minha imagem, meu reflexo e meu aroma. estou perdida, sem memória possível, desaparecida e pulsando. não há mais sóis nem templos de ilusão. existo como um eu, que se reconstrói entre cacos e silêncio.

Meu ideal seria escrever...

Day. Dayane. | | Posted On 10.04.2009 at 18:48





Minha prefeição concebível seria escrever uma estória à engraçar aquela moça mórbida, lânguida, com debilitação voluptuosa, daquela cinzenta casinha, e que ao ler ela risse, risse a ponto de chorar... e dissesse toda serena - " Oh céus, que história mais engraçada!" - . E então, que ela a contasse a cozinheira e que telefonasse a duas ou três amigas para contar-lhes a bendita história; E que todos que a ouvissem, rissem muito e estátuasem-se na alegria espantosa de ve-la tão feliz. Ah, que minhas palavras fossem como raios de sol ao entardecer, irresistivelmente louros, quentes, vivos, novatos na vida da moça reclusa, enlutada, embolorada, doente da alma. Que está sofresse o magnifico impacto de ouvir o próprio riso depois de longos tempos imersa.

Que um casal descontente, o rapaz bastante aborrecido com a mulher, a mulher bastante irritada com o marido, um sentimento amargo mutuo, que este casal também fosse atingido pela mágia da minha história. O marido a leria e começaria a rir, o que aumentaria a irritação da mulher. Mas depois que esta, apesar da má vontade, tomasse conhecimento de minhas palavras também risse, e que ficasse os dois rindo sem poder olhar na cara do outro sem rir mais; E que um, ouvindo aquele riso alheio se lembrasse da simplicidade dos tempos de namoro e reencontrassem ambos, a alegria adormecida de estarem juntos, com um.

E que quando me perguntassem - "Mas de onde é que você tirou essa estória?" - Eu responderia que ela não é minha, que a ouvi por ai, na rua, bisbilhotando conversas alheias. Esconderia então, a completamente humilde verdade - que eu a inventei em um só segundo, quando pensei na tristesa da moça doente, sozinha naquela cinzenta casinha de meu bairro. Minha amada, minha mulher!


Memória

Day. Dayane. | Marcadores: | Posted On 10.03.2009 at 18:53



Amar o perdido
deixa confundido
este coração.

Nada pode o olvido
contra o sem sentido
apelo do Não.

As coisas tangíveis
tornam-se insensíveis
à palma da mão.

Mas as coisas findas,
muito mais que lindas,
essas ficarão.

Por Drummond

Day. Dayane. | | Posted On 10.01.2009 at 16:13


"Enfim, criei-me a minha própria imagem.
Então poderei olhar nos olhos alheios sem o contrangimento do meu grande equívoco,
e sem a mutua vergonha de ter, um dia, amado mais você do que o profundo amor enraizado enfim,
por mim mesma."


Paciência

Day. Dayane. | | Posted On 9.30.2009 at 15:29




só um pouco mais de paciência.
mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma, mesmo quando o corpo pede um pouco mais de alma.
E quem quer saber ?
Será que é o tempo que lhe falta pra perceber, será que temos esse tempo pra perder ?
E quem quer saber ?
A vida é tão rara !!!


Lamento sem tristeza

Day. Dayane. | | Posted On 9.25.2009 at 12:17

O mar era de grande e escura delicadeza.
A ficção do silêncio ecova, romântica
um lamento sem tristeza.

Precisou recolher se
para pensar e talvez,
sentir.

Tentou, ao sonho, detalhar o amor e
deduziu que
tarde cinza é não a ver.

Questionou-se por onde andava teu viver,
queria que voltasse de mãos dadas
na areia, com você.

Zangou-se ao perceber que
amava o passado, ludibriando
o próprio futuro.

Decidiu, só viver.
Qui navegar a ficar
a ver estrelas, ainda que lindas.

Porque toda e qualquer
lagrima que um dia, derramou
o vento foi capaz de secar.

Mãos dadas

Day. Dayane. | | Posted On 9.23.2009 at 17:38

Não serei o poeta de um mundo caduco.
Também não cantarei o mundo futuro.
Estou preso à vida e olho meus companheiros.
Estão taciturnos mas nutrem grandes esperanças.
Entre eles, considero a enorme realidade.
O presente é tão grande, não nos afastemos.
Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas.

Não serei o cantor de uma mulher, de uma história,
não direi os suspiros ao anoitecer, a paisagem vista da janela,

não distribuirei entorpecentes ou cartas de suicida,
não fugirei para as ilhas nem serei raptado por serafins.

O tempo é a minha matéria, o tempo presente, os homens presentes, a vida presente.
por Drummond

simples e incontestavel

Day. Dayane. | | Posted On 9.19.2009 at 17:32




desperte me com O simples.
suas histórias falsas não serão como o vento, não para mim.
o que? não és capaz de arrancar-me os pudores?
minha tal eternidade não pertence aos teus sorrisos, não por méritos.

onde estão suas variedades de cores?
sua paisagem nunca encheu meus olhos.
umedeça meus carvalhos, visite me aos sonhos se for capaz.

o que? o tempo não o fez desenhar em rochas?
talvez tenhas perdido algo ao acompanhar o Não arriscar.
sinto apenas pela tal ingenuidade que se foi, isso certamente o tornaria mais amavel.
assim veria a magia da poesia e, posteriormente, me encontraria.

que tal, se for de uma vez pelo alem elastico?
até porque, minhas flores são coloridas e as suas de plastico.
seria...seria bem mais pratico...


Sobre a grama.

Day. Dayane. | | Posted On 9.13.2009 at 12:13





Hoje presto mais atenção em mim
Nas borboletas e nas formigas
Nos poucos amigos e nas estrelas
Na mudança do tempo, no vento.
Hoje fico mais em silêncio, sem televisão
Vejo melhor o sentido oculto das canções e dos poemas trágicos
E detecto mais fácil as mentiras...
A magia da simplicidade
A maldade das frases implícitas
Falo menos que devia e sei
Dialogo com as paredes e com meus eus
Sei que não estou louca
Talvez mais lúcida apenas
meio ermo
Sem meio termo, porém
Inteiro em todos os momentos
Em todos os sentidos.



Sentir voluvel

Day. Dayane. | | Posted On 9.09.2009 at 20:08


De tempos em tempos a monotonia corroe
insustentavel a sede de deixar as velhas roupas ainda, penduradas.
um grande feixe de contradições!
se acostumar a ficar aqui, a espreita para emboscar a convivência?
conciliar o medo de amar com a exuberância da liberdade?
uma verdadeira criatura que vive, idealizada pelas tuas próprias palavras.
será que eu sei que você é mesmo tudo aquilo que me faltava?
volubilidade, a tal da volubilidade.

Duas metades iguais

Day. Dayane. | | Posted On at 20:07


Um novo começo.
Uma nova história.
O mesmo e chato final!

"... E que a força do medo que tenho, não me impeça de ver o que anseio.
Que a morte de tudo em que acredito não me tape os ouvidos e a boca.
Porque metade de mim é o que grito, mas a outra metade é silêncio.

Que a musica que eu ouço ao longe, seja linda, ainda que triste.
Que o homem que amo seja para sempre amado mesmo que distante."
Porque metade de mim é partida e a outra metade é saudade.

Que o medo da solidão se afaste, e que o convivio comigo mesma, se torne ao menos suportável.
Que o espelho reflicta em meu rosto, um doce sorriso, que me lembro ter dado a você.
Porque metade de mim é a lembrança do que fui, a outra metade do que sei.

Que o teu silêncio me fale cada vez mais.
Porque metade de mim é abrigo, mas a outra metade é cansaço.

Que a vida nos aponte uma resposta, mesmo que ela não saiba.
E que ninguem a tente complicar porque é preciso simplicidade para fazê-la florescer.
Porque metade de mim é plateia, e a outra metade é canção.

E que a minha loucura seja perdoada...
Porque metade de mim é amor. E a outra metade... tambem."


Day. Dayane. | | Posted On 6.27.2009 at 23:32




Saudade, não sei se é a palavra
cabivel ao que sinto, sei apenas
que tei jeito ainda me pertuba.


Day. Dayane. | | Posted On at 23:22




Uma dependência esculpidas pelos dias, dias em que fugi ao teu lado em meio a cigarros que hojê exalam uma fumaça que empede-me de ver, que o que eu mais odeio em você é o fato de não poder sinceramente odiar-te. Sem você, mantenho me no silêncio versos silêncio, canibal de mim mesma, jogando com as palavras cada vez que a vejo, como se fossem trazer-te de volta... Finjo que não a quero, tornando tudo falçamente mais fácil. Fraudando todo e qualquer sentimento por mero e hipocrito orgulho casoal. Sabendo que tudo que a de ser depende, unicamente de você e sofrendo por não mais fazer parte de tudo quete é relevante. Porem, entregando me a cada olhar por eles somente refletirem repetitivamente a mesma e singela expressão...

voltas?

Day. Dayane. | | Posted On at 23:13


Hoje, depois de continua e profunda reflexão aprendi que não se recebe mérito por serviços incompletos.
Finalmente entendi que não devemos temer a morte, pois isso impede que vivamos.
Liberte-se de teus temores!



" Se seus olhos são o motivo de sua vergonha, arranque-os e lance-os ao fogo"